Mudando a perspectiva

Mudando a perspectiva

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

olhos

Os olhos rabiscam
piscam e fixam
doce ternura que em manuscritos não li
falam com ternura
uma língua que não fui alfabetizado
que aprendi no momento que olhei
não sei se falei
eu nao me vi
nem me vejo
sei que li
em idas e vindas
de um lado pro outro
uma leve piscadela
uma leve tremida
e em meros centézimos
eu entendi
o que vi em seus olhos
que não sei se me imitaram ou
os meus que imitaram os seus
vi nos seus, reflexo dos meus!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

mais rápido que o pensamento e a eletricidade

Olhava para os cantos, os olhos pingpongueavam
rápidos como de costume não são
não se sabia se era medo de ser achado
ou se buscavam não ver pessoa alguma por perto
Contemplaram uma grande árvore
ô sequoia!!
ao mesmo tempo que seu corpo se enchia de ânimo e euforia
caminhava junto um sentimento de peso
era um mal que tirava suas forças
desconcentrava e suas ações eram meramente plano de fundo:
era preciso seguir o pulso
e moveu-se, tão lentamente ágil
passou flexivelmente por arbustos e por pequenas imperfeições do solo
o mal o consumia e se tornava tão insuportável que suas mãos suavam frio:
era calor e frio, suor e secura.
os cinco segundos que levaram para chegar até a grande árvore
pareceram uma eternindade
e quando ainda se dava conta de ter chegado
o mal o possuiu de vez
e foi nessa parte que contou de 1 até 3:
virou, caminhou de costas, abaixou as calças, mirou, descontraiu
e foi ali, embaixo daquela gigantesca árvore que entendeu
que naquele minuto era o cara mais sortudo do mundo.

conclusão: nem sempre o que parece de fato é.
nem sempre deve se esperar por grandes coisas ou no prazer das grandes coisas,
não paramos pra dar valor às pequenas coisas que de fato são importantes para nossa vida, não pensamos em quão grandes são os detalhes até entrarmos em contato com eles.