Mudando a perspectiva

Mudando a perspectiva

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pré-conceito - selecione o texto com o cursor do mouse!





Vivemos criando pequenas
formas
pequenas maneiras de
entender o mundo
é antes do conceito
é antes de se saber
bem antes do conteúdo
é pré, é antes do conceito.
Vivemos acreditando em
pequenas versões
em pequenos aspectos
que criamos para
acreditar que
sabemos o que está ao
nosso redor.
Antes de saber
buscamos acreditar
no que de fato é
e é assim que
se sabe nada
sempre que acreditamos
saber de tudo.

Conceitos: estão por aí.

As palavras se encontram
espalhadas
Perdidas ou escondidas
No vento

Sem pretensão
ariscas e desorganizadas
no sopro do mundo

Somos, então, porto
forma segura
Que captura as idéias e conceitos
formando trens de sentido

Caçadores de pouco significado
domadores do nexo
Encadeando pedaços
na formação de orações.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Rede da sorte

A sorte
se configura como
oportunidade
ou situação!
Dizem que sortudos são
os bem afortunados
com bolsos fartos
e barrigas estufadas!
Dizem que sortudos são
os que sabem ter calma
são comedidos.
Dizem que sortudos são
os que tem belas mulheres.
Outros comentam que
sortudo é quem tem paz!
Mas por exemplo:
Hoje, pra mim,
sortudo é aquele que,
ao contrário de mim,
não precisa fazer nada!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sopros cromáticos


Bonitas canções
são carregadas pelo sopro
do vento das tardes
de dezembro

traçam e marcam
o céu do entardecer
pintam em acordes:
vermelho, rosa e laranja.

Trazem o tom nostálgico
de todas as tardes anteriores,
do dia que se vai
e do mistério do escurecer.

É breve e soa rápido
assim como um harpejo
que ressoa e fica
até que as cordas cessam e param de tocar.

Sem perceber [já se apresenta o luar...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cego

Penso e logo não existo,
já que sempre que me ponho a pensar.
O que me vem à cabeça é apenas uma ideia:
a de nada ser longe de ti.

Assim como a fagulha, ínfima, mínima
cai no chão forrado de palha de um celeiro
e inicia o queimar,
assim fizeram seus olhos a mim.

E foi em mero relance
-apenas um ínterim de olhos nos olhos,
alguns segundos, captados por mim como longas novelas
que fizeram de mim um nada.
Incendiaram minha morada, minha alma, meu ser.

Antes cego fosse eu, e não meu amor,
pois assim a luz que refletiu em seus olhos
não pularia para os meus.
Mas sei que, desde então, sou cego, surdo e mudo:
meus sentidos perderam-se em você.

E vivo assim, pensando,
ou melhor, evitando pensar,
pois desde o dia em que te vi
me ponho a lastimar,
já que nossos corpos, assim como dizem os sábios,
não podem ocupar o mesmo lugar.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Doce de abóbora de papai!

Receita do Doce de Abóbora do meu pai:
Cozinhe meio quilo de abóbora.
Amasse toda a abóbora cozida.
Coloque açucar.
Corte 4 cebolas.
Coloque as cebolas picadas na abóbora amassada.
Pronto!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Diálogos de pai para filho XI

"Raphael! tá acordado?"-Zé raia
"uhnn???"-eu
"Tava dormindo?"-Zé raia
"Não, tava de bobeira..."-eu
"Ahhh! São onze horas!"-Zé raia
"uhnn..!"-eu
"Vim só te falar isso!"-Zé raia
"hn..." -eu
"Sabe se o lixo do seu quarto tá cheio?" -Zé raia
"Sei..!" -eu
"Tá cheio?"-Zé raia
"Não sei..."-eu
"Deve estar não! Tirei ontem!"-Zé raia
"É... eu sei.. me lembro!"-eu

E cada dia eu aprendo como não se deve acordar as pessoas!

Diálogos de pai para filho X

Eu cantarolando no quarto:
"Canto tem que treinar todo dia!" - Zé raia
"Uhnn... é mesmo?" - eu
"Uhuum" - Zé raia
"Pra pegar prática! Pode parar não!" - Zé raia
"Hummm... bacana!" - eu
Continuo cantarolando:
"Se para de cantar com frequência acaba perdendo a qualidade!" - Zé raia
"é???" - eu
Continuo cantando:
"Tem cantado todo dia?" - Zé raia
"Cantarolado! Cantado não!" - eu
"Uhnnn...!" - Zé raia
"Então, tem que cantar sempre! Pode ficar no computador sempre não!" - Zé raia
"Estou cantando mal? é isso?" - eu
"Não, não!" - Zè raia
"UHnnn....!" - eu
"Mas é sempre bom cantar todo dia!" - Zé raia
"Isso significa que eu tô cantando e você acha que não tá do jeito que deveria?" - eu
"Não, não! estou só falando!" - Zé raia
"Não estou nem usando nenhuma técnica!" - eu
"Uhnnn...! Por que se não usa todo dia acaba esquecendo?" - Zé raia
"Vou resolver isso!" - eu
"Cantar todo dia?!" - Zé raia
"Não, tô indo pra longe daqui!" - eu

Diálogos de pai para filho IX

Dentro carro, eu no carona, meu pai dirigindo:
"Acho que não vai dar pra passar pai!" - eu
"O viado do motorista do ônibus tá de sacanagem comigo!" - Zé raia
"Não vai dar pra passar pai! se você for pra esquerda pega nele, se for pela direita vai pegar o negócio amarelo pra não estacionar!" - eu
"Não.... deixa que eu vou passar!" - Zé raia
Seguindo para a direita:
"Vai pegar pai!" - eu
"Aonde que eu não tô vendo?" - Zé raia
"Ali! Vai pegar, pai!" - eu
"Tsc...." - Zé raia
"Pára pai, pára! vai pegar, eee viu pegou!" - eu
"Porra, onde que tava isso?! Por que não me avisou que tava pra pegar?!" - Zé raia
"Eu avisei! tô falando aqui!" - eu
"Esse viado desse motorista me ferrando!" - Zé raia

E fomos para casa com o para-choque quebrado e pintado de amarelo.
Escutando de fora da cozinha:
"É.... já viu o para-choque do carro?!" - Zé raia
"Não! Por quê?!" - minha mãe
"Todo amassado!" - Zé raia
"Ué? Bateu com o carro!?" - minha mãe
"Tirou carteira agora!" - Zé raia
"Quê?!" - minha mãe
"Raphael....." - Zé raia
"ué, mas o que tem ele?!" - minha mãe
"Falta experiência! Depois vê o para-choque! Todo amarelo!" - Zé raia
"Ele bateu com o carro?!" - minha mãe
"Falta experiência...." - Zé raia
"Ele quem amassou?" - minha mãe
"É.... foi! Estou dizendo isso né?!"- Zé raia
"Pai! Já contou pra mãe que você que tava dirigindo?" - eu
"Não, não, isso eu não contei não!" - Zé raia

Diálogos de pai para filho IX

Dentro carro, eu no carona, meu pai dirigindo:
"Acho que não vai dar pra passar pai!" - eu
"O viado do motorista do ônibus tá de sacanagem comigo!" - Zé raia
"Não vai dar pra passar pai! se você for pra esquerda pega nele, se for pela direita vai pegar o negócio amarelo pra não estacionar!" - eu
"Não.... deixa que eu vou passar!" - Zé raia
Seguindo para a direita:
"Vai pegar pai!" - eu
"Aonde que eu não tô vendo?" - Zé raia
"Ali! Vai pegar, pai!" - eu
"Tsc...." - Zé raia
"Pára pai, pára! vai pegar, eee viu pegou!" - eu
"Porra, onde que tava isso?! Por que não me avisou que tava pra pegar?!" - Zé raia
"Eu avisei! tô falando aqui!" - eu
"Esse viado desse motorista me ferrando!" - Zé raia

E fomos para casa com o para-choque quebrado e pintado de amarelo.
Escutando de fora da cozinha:
"É.... já viu o para-choque do carro?!" - Zé raia
"Não! Por quê?!" - minha mãe
"Todo amassado!" - Zé raia
"Ué? Bateu com o carro!?" - minha mãe
"Tirou carteira agora!" - Zé raia
"Quê?!" - minha mãe
"Raphael....." - Zé raia
"ué, mas o que tem ele?!" - minha mãe
"Falta experiência! Depois vê o para-choque! Todo amarelo!" - Zé raia
"Ele bateu com o carro?!" - minha mãe
"Falta experiência...." - Zé raia
"Ele quem amassou?" - minha mãe
"É.... foi! Estou dizendo isso né?!"- Zé raia
"Pai! Já contou pra mãe que você que tava dirigindo?" - eu
"Não, não, isso eu não contei não!" - Zé raia

Diálogos de pai pra filho VIII

No dia anterior fora colocado um bilhete na porta da geladeira "Por favor, me acordem mais cedo! Preciso estar de pé mais cedo amanhã! Me acordem mais ou menos dez horas!".

No da seguinte, após abrir a porta e acender a luz do quarto:
"Raphael! Me pediu pra te acordar!" - Zé Raia
"Uhnn......????" - eu
"Tá na hora!"- Zé raia
"huhum... hora de que?" - eu
"Estou te acordando porque você pediu!" - Zé raia
"Uhn..... que horas são?" - eu
"Nove e meia!" - Zé raia
"Mas eu não pedi pra me acordar dez?" - eu
"Mais ou menos dez horas!" - Zé raia
"Então foi menos né?" - eu
Alguns segundos depois:
"Raphael!" - Zé raia
"Eu....!" - eu
"Você não me pediu pra te acordar?" - Zé raia
"Mudei de ideia! - eu
"São nove e trinta e cinco!" - Zé raia
"vou enrolar até ficar passar de dez horas!" - eu
"Por quê?" - Zé raia
"Pra usar o 'mais' do 'mais ou menos' dez e meia!" - eu

terça-feira, 28 de junho de 2011

equilíbrio - introdução sobre a responsabilidade e os valores morais.

Parece que a maioria das coisas que eu leio não são o suficiente.
Jornais, revistas, livros...
Não parece ser tão o que eu procuro, mas procuro!
A hora que lerei com satisfação será depois de poder me assumir como aquele que faz a arte da escrita: somente depois de escrever um livro poderei desfrutar realmente de todo o arquivamento escrito no mundo.
A busca é por uma ideia: sou bom em falar de como minha vida é meio cômica, e gostam disso, não por isso talvez vir a me diminuir, mas sim porque a vida de todos acaba sendo um tanto quanto comédia dramática: é uma topada com o dedo na quina de algo e um "melhor rir do que chorar"!
O que o cotidiano não tem de arte: nada, ele é a pura arte sendo escrita pelo momento e pelas ações de cada um, e de todos.
A história mais engraçada do que aquela em que se supera algo e ainda há a capacidade de abrir um sorriso e rir? não, não há!
Mas não rir da desgraça: é superar, se fortalecer e aí sim respirar fundo e rir, porque você acreditou e não acreditou que daria certo, e deu!
Há algo de muito sábio em se falar da responsabilidade em cada momento da vida, mas ainda há algo maior que isso, não somente a noção de que você escolhe e age aqui e agora fazendo sua existência: há o aspecto do equilíbrio.
Não é somente a responsabilidade, mas a noção do equilíbrio atuando na responsabilidade.
Não há como definir um quadro de condutas, condutas certas ou erradas, a questão subjetiva acaba trazendo uma questão de ponto de vista, no entanto, é natural, ou é de lei natural, o equilíbrio.
Sendo assim, na falta de um critério, pela diversidade de crenças individuas, preza-se pelo equílibrio.
A falta e o excesso de algo é prejudicial: aquele que pouco fala não expõe, e o que fala muito é insuportável.
A falta de atitudes leva a uma atitude ainda mais retraída e sem defesas pelo que se pensa, já o excesso esmaga os outros e causa a antipatia.
O ser-humano é responsável pelo que faz e por suas escolhas, e isso traz pro homem uma responsabilidade e uma tarefa de pensar antes de fazer, já que isso irá repercutir no seu futuro (próximo ou longíquo). Mas e escolha? Como escolher? Procurar um hall de idéias na religião, nas leis, no que se preza como moral? Todas essas alternativas mostram escolhas e sendo assim, questões subjetivas. A única maneira de escolher o que é certo sendo imparcial é buscando o equilíbrio: nem o que é de pouca intensidade, nem o que é de muita.

o simples e arte de ser simples e mais que simples

são coisas simples
são as coisas simples que fazem bem
que surgem inesperadamente
te roubam um sorriso
embalam algumas batidas do coração
vem sem compromisso
e que fazem, aí sim
você pensar no que é grande
na magnitude, no oceano infinito
que estamos imergidos
já que no final
toda grande obra é edificada com pequenos pedaços

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Diálogos de pai para filho VIII

quatro da manhã, eu na rua. O celular toca. meu pai:
"opa! boa noite! tá aonde?" - Zé raia
"Na rua..." - eu
"Bebeu?" - Zé raia
"Não muito..." - eu
"Olha, você tá dirigindo.." - Zé raia
"bebi há um tempo, já não tô mais sob efeito!" - eu
"Uhn...." - Zé raia
"tá vindo pra casa? tô até agora acordado preocupado" - Zé raia
"uhum.. tô indo já!" - eu
"Falouu! Isso aí!" - Zé raia
Desliga na minha cara
.
.
Outro dia, na cozinha com minha mãe:
"mãe, pai me ligou de madrugada falando que não pregou os olhos preocupado comigo!" - eu
"raphael, seu pai tava roncando desde às dez da noite, puxando minhas cobertas... me acordou às três e meia acendendo a luz, pigarreando e indo no banheiro! voltou umas quatro pra cama com o jornal e te ligou!" - minha mãe

desde então aprendi que ele acorda preocupado com o intestino dele!

Diálogos de pai para filho VII

chegando em casa e encontrando com meu pai na garagem:
"Vai sair?" - Zé raia
"Agora?" - eu
"Não sei! agora, depois... vai sair?!" - Zé raia
"Não sei, ué? não marquei nada, mas vai que dá vontade!" - eu
"Eu preciso saber pra poder montar o vidro da porta do carona!" - Zé raia
"Uhnn... Não sei se vou sair!" - eu
"Se você for sair eu preciso colocar o vidro! Vai sair?" - Zé raia
"Eu mal cheguei em casa! não sei!" - eu
"Eu preciso saber! Se você for sair eu tenho que colocar o vidro pra ninguém roubar!" - Zé raia
"Mas como que eu vou saber se eu vou sair se eu cheguei em casa e ainda não sei o que vou fazer?" - eu
"Vai sair? Porque se você for sair eu não posso deixar a janela aberta!" - Zé raia
".... é, vou sair...." - eu

não, eu acabei não saindo....

Diálogos de pai para filho VI

Um dia conversando sobre as minhas 3 tentativas frustradas de começar um curso de faculdade:
"É a quarta faculdade né?"- Zé raia
"É.... terceiro curso, quarta faculdade, mas tava procurando! agora eu achei" - eu
"É.... é bom se decidir né?" - Zé raia
"É, eu sei, tava buscando o que eu gosto!" - eu
"Se não vai ficar igual seus tios!" - Zé raia
"uhnn... é?" - eu
"Um vivia com a mãe até os 40 anos, não consegue trabalhar em lugar nenhum e nem quer!"- Zé raia
"uhnn..." - eu
"o outro já tentou de tudo na vida!"- Zé raia
"uhnn..." - eu
"Né?" - Zé raia
"É...." - eu
"Só não tentou ainda o suicídio!" - Zé raia
"Uhnnn..."- eu
"E tá arriscado não conseguir!" - Zé raia

Diálogos de pai para filho V

no almoço, logo depois de ter furado a orelha:
"raphael, me passa a batata?!"-Zé raia
"Uhum! Aqui!"- eu
"o que que é isso na sua orelha? adesivo?!"- Zé raia
"não...."- eu
"ih vai me dizer que é essa modas de viado?!" - Zé raia
"uhn..." - eu
"colocou brinco?" - Zé raia
"coloquei..." - eu
"tsc... uhn.." - Zé raia
"e sai?!" - Zé raia
"depois de cicatrizar eu posso tirar se quiser..." - eu
"uhnn..." - Zé raia
"e foi sua namorada que te deu força pra fazer?" - Zé raia
"é... ela disse que ficaria legal se eu fizesse... mas eu fiz porque queria há um tempo!" - eu
intervalo em silêncio:
"Ilza (minha mãe) se lembra de fulano? então, viado! começou com brinco!"- Zé raia
"Agora já tem tatuagem no braço!" - Zé raia
"Bem Raia, a gente apoia o que os filhos da gente querem fazer!"- Minha mãe
"Uhum! É problema dele se ele quer dar, namorar outro homem! a gente apoia!


Diálogos de pai para filho IV

atendo o telefone em casa:
chamada interurbana a cobrar, espere a pessoa se identificar dizendo o nome e de onde fala após o bip!
depois da mensagem:
"José Raia Filho, Barra do furado - macaé, 58, engenheiro" - Zé raia
"oi pai, quer falar com a mãe?!"

Diálogos de pai para filho III

Um dia no carro:
"olha o braço daquele cara!"- Zé raia
"aonde?!"- eu
"Ali, olha! Ali!" Zé raia
"O que tá tatuado?!"- eu
"É! Daquele marginal ali!"- Zé raia
"uhnn.... que tem?!"- eu
"Deve ser viado!"- Zé raia
"uhn....."- eu
"Começa assim: faz uma tatuagem, alarga aqui e ali..."- Zé raia
"........"- eu
"Começa a roubar pra comprar drogas!"- Zé raia
"uhnnn..."- eu
"braço todo cagado! pega uma folha e escreve!"- Zé raia
"é... deve ser melhor....!"- eu
"não sei o que esses caras pensam: brinco, tatuagem... dar a bunda"- Zé raia
"pois é...."- eu

ele sabendo do meu brinco e da minha tatuagem

pensamentosssss

o grande problema é que a maioria das pessoas não entendem é que somos muito diferentes! somos humanos, mas não iguais. O grande erro é esquecer que cada um vê ou analisa as coisas de acordo com sua subjetividade, de acordo com suas crenças e experiências. fale o que achar certo, mas entenda que você não tem que estar sempre certo: pra uns sim, pra outros não!

Diálogos de pai para filho II

Conselhos de meu pai:
"raphael, queria falar contigo!"- Zé raia
"oi, fala pai!"- eu
"é carnaval né?"- Zé raia
"é sim, vou sair!"- eu
"tá cheio de mulher aí na rua doida pra dar e arrumar um filho pra depois pegar o dinheiro!" - Zé raia
"é.... uhum!"- eu
"tá!? toma cuidado! tem camisinha aí?! Zé raia
"pô, pai, não...."- eu
"melhor comprar! não se sabe, né?!"
".... tá bem" - eu
eu, no auge dos meus 12 anos!

Diálogos de pai para filho I

‎"Raphael, tá dormindo?"- Zé Raia
"....ahn?" - eu
"te acordei?"- Zé Raia
"...ahnn? não... tô acordado!"- eu
"tava mesmo? eu vim te acordar!"- Zé Raia
"tava.. tô deitado de bobeira, pai!"- eu
"ahnn... mas parecia que você tava dormindo!"- Zé Raia
"eu tava fingindo..." - eu
"tava? eu vim te acordar!"- Zé Raia
".........." - eu
"Raphael!!! dormiu?"- Zé raia
"acordei... de novo!" eu

terça-feira, 14 de junho de 2011

crime

generalizar é o pior crime do homem

cada um é livre pra cometer seus erros!

eu pensei nessa frase pelo seguinte: generalizar é o pior crime do homem!!
ele tende a criar uma realidade de acordo com suas crenças, o que não é como ele gostaria ou que ele acredita, ele prefere colocar de lado, ou exclui as minorias e engloba em uma idéia!
pensa no seguinte, não aceitam o homossexualismo, não aceitam cores diferentes da branca, não aceitam o que o outro faz com ele, sendo que o que cabe a nós é somente o que nosso, e que não se aplica a outros! Somos na verdade, não iguais, como se comenta por aí, mas sim pontos, seres totalmente diferentes, que compartilham semelhanças com outros, e por isso, deveria existir o respeito! o preconceito é do homem, está com ele, mas é possível o controle e o uso da razão pra tentar não deixar que ele se coloque mais evidente!!
ou seja: cada um é livre pra cometer seus erros! que sejam ou não erros! praquele que comete os atos, pode ou não se erro!! vai depender do que ele julgar na hora e no futuro!!

livre - queda livre

cada um é livre pra cometer seus erros!

nunca serão!

gostaria de mirar a imparcialidade, mas só de querer isso já vou de encontro ao ideal

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Uma visão bem simples e superficial da obra "Em busca de sentido" de Viktor E. Frankl

Viktor Frankl – Em busca de sentido - Cap. II

Viktor Frankl parte do pressuposto em que o homem é um ser que, dentro de sua essência, busca e sente a necessidade de encontrar um sentido para a sua vida, encontrar algo que signifique a sua existência. Esse sentido é colocado como algo que deve ser buscado, deve ser encontrado fora de si, não se trata de uma experiência interna (a priore, posteriormente sim): o homem deve buscar no contato com outros e dos acontecimentos de sua vida uma maneira boa de colocar-se no mundo, indo a favor dos valores morais que tornam a experiência da vida mais rica.

“Em outras palavras, auto-realização só é possível como um efeito colateral da auto-transcendência. Até aqui mostramos que o sentido da vida sempre se modifica, mas jamais deixa de existir. De acordo com a logoterapia, podemos descobrir este sentido na vida de três diferentes formas:

1. criando um trabalho ou praticando um ato;

2. experimentando algo ou encontrando alguém;

3. pela atitude que tomaremos em relação ao sofrimento inevitável.”

Como dito anteriormente, a princípio o sentido se busca fora, é um processo que parte do indivíduo para o coletivo e também do coletivo para o individual, mas quando falamos em re-significar momentos passados em nossas vidas, nos colocamos em reflexão, passamos a um processo interno e íntimo, mas não mais do que avaliando e vendo o real valor de fatos passados. O sentido da vida não parece como algo só, ou que se ache sozinho, mesmo que a reflexão sobre, necessariamente, seja subjetiva.

“A busca do indivíduo por um sentido é a motivação primária em sua vida, e não uma ‘racionalização secundária’ de impulsos instintivos. Esse sentido é exclusivo e específico, uma vez que precisa e pode ser cumprido somente por aquela determinada pessoa.” (FRANKL, VIKTOR E.; Em busca de sentido – Ed.Vozes, 2009, p.87)

Para Frankl não são se trata de viver em constantes vitórias, mas saber ser vitorioso tanto quando se ganha, quanto quando no encontramos com o fracasso. O grande vencedor é aquele que sabe viver um bom momento e dar seqüência em sua vida, e também aquele que sabe criar e superar uma crise, que sabe re-significar algo passado e coloca-lo como fator importante para que chegasse a um patamar mais a frente.

“Não devemos esquecer nunca que também podemos encontrar sentido na vida quando nos confrontamos com uma situação sem esperança, quando enfrentamos uma fatalidade que não pode ser mudada. Porque o que importa, então, é dar testemunho do potencial especificamente humano no que ele tem de mais elevado, e que consiste em transformar uma tragédia pessoal num triunfo, em converter nosso sofrimento numa conquista humana. Quando já não somos capazes de mudar uma situação -podemos pensar numa doença incurável, como um câncer que não se pode mais operar - somos desafiados a mudar a nós próprios.”

Frankl afirma a importância em viver cada momento de nossa existência como algo que já houvesse ocorrido, e que nessa primeira vez tivéssemos tomado a postura ou a escolha errada, sendo então, agora a segunda oportunidade, aquela em que se deve tomar a postura correta. A responsabilidade é, então, a grande questão do sentido de vida, já que iremos responder a todas as escolhas que faremos em nossas vidas, e sendo essas escolhas, fundamentais para que se encontre o caminho mais perto dos ideais superiores, dos valores morais. No caminho da vida podemos ser mesquinhas ou ajudar e colaborar para uma vida mais digna, tanto sua quanto de outros; a escolha que será feita se relaciona em vários aspectos como não prejudicar, invejar, maltratar outras pessoas, assim como, tratar a todos igualmente, ser cordial, entre outros aspectos, sendo que a escolha de cada conduta é uma forma de afirmar uma vida digna ou uma vida medíocre, sabendo que para cada escolha haverá uma conseqüência relacionada.

“Esta ênfase sobre a responsabilidade se reflete no imperativo categórico da logoterapia, que reza: ‘Viva como se já estivesse vivendo pela segunda vez, e como se na primeira vez você tivesse agido tão errado como está prestes a agir agora. ’ Parece-me que nada estimula tanto o senso de responsabilidade de uma pessoa como esta máxima, a qual a convida a imaginar primeiro que o presente é passado e, em segundo lugar, que o passado ainda pode ser alterado e corrigido. Semelhante preceito a confronta com a finitude da vida e com o caráter irrevogável (finality) daquilo que ela faz de sua vida e de si mesma.”

É importante pensarmos no fato de que essa visão traz uma perspectiva não determinante acerca do futuro de uma pessoa, não são fatos do passado que vão determinar o que você será. Não podemos afirmar que um órfão terá mais chances de se tornar uma pessoa com problemas pela falta de contato com membros importantes para o desenvolvimento da personalidade e afetividade, já que serão suas escolhas e a forma de encarar os fatos provenientes de sua experiência no mundo que irão fazer com que ele desenvolva ou não uma personalidade problemática. Os ideais são buscados dia após dia na escolha do que se afirma como certo para a pessoa.

“Parece-me, entretanto, que existe um pressuposto ainda mais errôneo e perigoso, que eu chamo de ’pandeterminismo’. Refiro-me à visão do ser humano que descarta a sua capacidade de tomar uma posição frente a condicionantes quaisquer que sejam. O ser humano não é completamente condicionado e determinado; ele mesmo determina se cede aos condicionantes ou se lhes resiste. Isto é, o ser humano é auto-determinate, em última análise. Ele não simplesmente existe, mas sempre decide qual será a sua existência, o que ele se tornará no momento seguinte.”

O vazio existencial se relaciona a falta de sentido de vida. O vazio é aquele que não consegue tomar decisões que enriqueçam sua vida, enriqueçam de valores, de aspectos positivos. O rico não é aquele que constrói um castelo com enormes pedras e cria grandes salas vazias, mas sim aquele que edifica pedra a pedra e cria cômodos que serão usados, e que no final pode ou não ter criado um palacete, mas sabe do quanto foi significativa e meticulosa toda a obra.

No início da história, o homem foi perdendo alguns dos instintos animais básicos que regulam o comportamento do animal e asseguram sua existência. Tal segurança, assim como o paraíso, está cerrada ao ser humano para todo o sempre. Ele precisa fazer opções. Acresce-se ainda que o ser humano sofreu mais outra perda em seu desenvolvimento mais recente. As tradições, que serviam de apoio para seu comportamento, atualmente vêm diminuindo com grande rapidez. Nenhum instinto lhe diz o que deve fazer e não há tradição que lhe diga o que ele deveria fazer; às vezes ele não sabe sequer o que deseja fazer. Em vez disso, ele deseja fazer o que os outros fazem (conformismo), ou ele faz o que outras pessoas querem que ele faça (totalitarismo).”

Onde está o sentido? Está por aí, em cada momento que se segue nessa marcha inexorável do tempo e está para cada um. O que se passa está concretizado e imutável, mas não impossível de ser reinterpretado. O futuro é o que se coloca como meta, possibilidades, rotas que são colocadas como destino. O presente é o único momento possível de se colocar no trilho para chegar onde se deseja e ao mesmo tempo lembrando do que passou e entendendo que foi o passado que te colocou aqui.

“Duvido que um médico possa responder esta questão em termos genéricos. Isto porque o sentido da vida difere de pessoa para pessoa, de um dia para outro, de uma hora para outra. O que importa, por conseguinte, não é o sentido da vida de um modo geral, mas antes o sentido específico da vida de uma pessoa em um dado momento. Formular esta questão em termos gerais seria comparável a perguntar a um campeão de xadrez: ‘Diga-me, mestre, qual o melhor lance do mundo?’ Simplesmente não existe algo como o melhor lance ou um bom lance à parte deu ma situação específica num jogo e da personalidade peculiar do adversário. O mesmo é válido para a existência humana. Não se deveria procurar um sentido abstrato da vida. Cada qual tem sua própria vocação ou missão específica na vida; cada um precisa executar uma tarefa concreta, que está a exigir cumprimento. Nisto a pessoa não pode ser substituída, nem pode sua vida ser repetida. Assim, a tarefa de cada um é tão singular como a sua oportunidade específica de levá-la a cabo.”

GLOBOTOMIA

LOBO MAU
LÓBULO
GLOBO
GLOBAL
ENG-LOBO MAU
MAU LÓBULO
LOBOTOMIA
EM GLOBO
GLOBOTOMIA

Globalização inc.

Criamos castelos com grandes salas vazias e derrubamos casas com cômodos cheios.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

do pó ao pó, mas com muito pó no rosto

Somos seres trágicos altamente positivos!

fluxo

e a vida parece que vai assim.. aparando as arestas,
sem querer ou por querer, eu e a vida vamos desatentamente cursando e deixando pra trás, sem mágoas, sem piedade, mas por acaso, as pedras, as árvores..
e assim vou, rumando e o que vem pela frente é visto, conhecido e apreciado, mas nada impede de que sem querer um dia possam ser locais por onde minhas águas não passarão mais.

terça-feira, 26 de abril de 2011

pobreza

pobre é aquele que
tem dezenas de letras
milhões de palavras
incalculáveis frases
e faz mal uso
é medíocre e se perde
que de tantas possibilidades
se resume a tecer
pequenas redes fracas
com linhas fortes!
pobre sou eu, que
da falta de criatividade
fez disso poema meu!

e o salário ó!

o atual preço da gasolina me fez n querer + andar de carro!
o preço do feijão deixou meu arroz só!
a conta do telefone aumentou,não ligo p + ninguém!
a luz tem tantas taxas que preferi usar o lampião e velas!
as roupas tão + caras, resolvi comprar coisas mais baratas!
tecnologia tá cara pq n é daqui,voltei c o rádio a pilha!
espero q o papel higiênico n sofra reajuste, pois temo a hora que terei que parar de cagar!

a verdade do homem

existem 3 coisas que o homem nunca estará pronto para encarar na vida:
1- o casamento
2- exame de próstata
3- conhecer o namorado da filha

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mais uma verdade

A verdade se encontra, na verdade, dentro de um biscoito da sorte. Ou não, pode ser que isso seja só uma mentira pra eu comer o biscoito.

segunda-feira, 7 de março de 2011

belo vaso: vazio

algumas pessoas são um desperdício de matéria!
vivem mostrando o, mais, belo que seu bizarro ser pinta em cores pretas e brancas! medíocres!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

getalt existencial!

são em momentos, pequenos fragmentos de grandes seguimentos
horas, dias, semanas
que me deparo e paro
contemplo e não me arrependo
por tudo que se vê
por tudo que é, que está, que foi ou será

são os pequenos detalhes
que fazem do todo muito maior do que
presumimos ser
as partes são maiores juntas do que o total
visto a priore, sem a observação de cada elemento

e se restam dúvidas sobre isso
que olhem pro céu ou pra uma árvore
e saberão que cada núvem, cada folha
tem um sentido maior do que o simples fato
de ser

é maior, bem maior

e talvez não seja o tamanho de uma sequoia
ou o campo sem fim do telhado ciano celestial
que os façam especiais
pode ser um pequeno buraco, uma única núvem
que nos chama mais atenção

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Estrelas no céu e na Terra!

O que mais me assusta
não é o tamanho não passível de mensurar
do infinito universo que nos circunda
que nos beija
oceano e ilha!
Mesmo que não possível de se imaginar
sempre foi como a palavra diz
Universo
que em seu significado
engloba tudo
e o tudo é sempre maior do que
se acha possível de ser imaginado
ou que se imagina!
O que me perturba
é infinitude dentro de mim
nesse universo que sou limite
onde meu corpo é casca
minha mente!
A forma e a prova do que é infinito
em mim!
Somos todos, de alguma maneira
constituídos de elementos cosmícos: párticulas e átomos
que antes vagavam ou constituíam algo
que em saltos, pulos, balanços e supernovas
chegaram até aqui!
Não é magnífico?
temos dentro de nós o material do universo
arrumado e agrupado de forma que
somos organismos
primariamente inteligentes, mas não
o suficiente pra entender o infinito do pensamento
e o infinito da constituição de nossa massa!
Somos poeira, assim como em músicas e poesias já ouvimos ou lemos
mas somos poeira cósmica e a prova do infinito no metafísico do ser

Universo interno

Mente: o que não se pode mensurar é infinito. Valorize tal fato!

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