Mudando a perspectiva

Mudando a perspectiva

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O teor psicológico: o por quê de seu uso, analise sobre a crença e a descrença na terapia mental

A sociedade se movimenta de uma maneira tão rápida e numa aspecto tão marcado pela produtividade (números e números), e nesse frenesi o ser-humano acaba caindo numa rotina, em ações sistemáticas que vizam apenas o quanto se produz e o quanto é recebido de volta em forma de dinheiro.
Os trabalhos são pesados, seguem rotinas rígidas, o que causa grande desgaste naqueles que executam alguma parte fundamental de uma certa empresa ou instituição.
O que acontece no mundo hoje é que se priorisa aspectos duros e rígidos, se ignora aspectos fundamentais como a saúde mental. Se torna algo fora do mundo de quem não pode ter problemas, que só tem tempo para pensar no trabalho e em quanto precisa render; só se tem tempo para conseguir o dinheiro que o manterá vivo, o resto é acessório.
"O homem não tem tempo nem dinheiro para gastar em certas bobeiras" - esse é o pensamento comum, é o que se pensa sobre o uso de terapias psicológicas que buscam acalmar e dar tranquilidade.
O homem crê em problemas como o cancer, o alcoolismo, a aids, mas ignora problemas psicológicos. Para o homem apenas os problemas organicos são significantes, uma vez que causam sintomas que afetam de maneira altamente perceptiva o corpo.
Por que ignorar a mente?
Quando o homem sente dor de cabeça, toma um paleativo que não irá perguntar o por quê de seu problema. O homem não quer dar a entender o que faz e nem mostrar seus pontos fracos. dizer que precisa de alguém para ajudar a ter uma cabeça leve e sem problemas é considerado como mostrar que precisa de outros pra viver suas vidas e cuidar de seus problemas.
Não é qualquer que sabe que a ajuda psicológica não é uma resposta ou uma pá de cau nos problemas de uma pessoa. Não é admitir que é fraco, é procurar a ajuda de alguém que entenda o que está acontecendo com você, e que consiga ter uma visão, um panorama da situação sem estar incluso nessa. Muitas vezes nossas respostas se encontram na nossa frente, mas por motivos diversos acabamos não chegando à elas. Seja por não achar que seja o caminho certo (insegurança), seja por ainda achar que não superou o problema a ponta de chegar a um ponto final, ou seja, o papel terapeutico é nada mais do que um estimulo para chegar ao lugar certo e/ou para desenrolar o nó dos problemas e dar um empurrão em direção ao melhor para o paciente.
Quanto ao fato de se dar ênfase à problemas orgãnicos e ignorar os psicológicos, creio que aqui há uma forma de se colocar máscaras. Dizer que não é importante o problema que atormenta seus pensamentos é no mínimo tolo. o remédio para uma gripe é uma vitamina c, para uma inflamação na garganta um paracetamol, e para a sua mente é a conversa.
Ocorre uma inversão de papeis nese diálogo de problemas orgânicos e problemas psicológicos: sua mente que é a parte consciente e inconsciente, produzida por mecanismo de seu sistema nervoso (stp+ snc - medula cérebro-córtex) que é supostamente a parte que controla todos os outros orgãos, acaba sendo colocada como algo extra ou no mínimo como algo controlado pelos seus sistemas organicos.
O fígado eu sei onde está, posso fazer um exame para ver como é seu espectro, testá-lo para saber como vai seu funcionamento, e isso se aplica a todos os outros órgãos, no entanto, onde se encontra a sua mente? trata-se de um órgão? é possível tocá-la?
Sendo parte fundamental do funcionamento corporal e por ser algo digamos que metafísico, a mente deve ser considerada como algo que merece respeito e que deve ser tratada, seja em casos onde alguma implicação esteja presente ou seja no cotidiano a fim de uma "ginástica", exercício de manutenção.
Do jeito que algumas pessoas pensam parece que é muito mais fácil pagar menos e não dar satisfação depois que se tem um problema orgânico, do que (antes que haja algum) sua mente seja devidamente tratada e feita uma manutenção.

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