Mudando a perspectiva

Mudando a perspectiva

sexta-feira, 23 de julho de 2010

para Elisa

Se de rosas e doçuras
acabei me fazendo espinho e enjoado
só que o falo é que não previ
além de mim, além de mim

Se por algum segundo mostrei gosto e carinho
fui sincero, te queria, te quis e nos meus pensamentos, problemas e aventuras
te perdi

não perdi pra outro, nem por falta de amor
te perdi pra mim
se tudo ficou cinza, se as cores se misturaram num borrão e tudo do nítido
passou a ser mancha
foi porque misturei as cores da aquarela, foi porque joguei limão no seu café

se me perguntarem onde que errei, errei em mim, errei ao te atropelar
quando você passava na rua e nem sabia que tal pintura se retratava no meu ser
se as cores foram fugindo e foram embassando, minha culpa
se te cativei a tentar gostar de mim, não foi por maldade, não foi um jogo cruel
eu queria você, eu te tive, e quando isso tudo era a realidade
descobri que nada sabia de mim
descobri que no fundo, descobrir é o verbo que me rege
preciso me descobrir antes de mostrar ao mundo quem sou

eu era fácil, eu era simples
e de nó em nó
cama de gato
rabisco sem fim
e cá estou
fazendo mal porque preciso fazer pra mim o bem
antes de falar que sou rosa, flor, devo dizer que sou espinho que ainda não realizou
que tem corola, sépala
folha, pétala
e até mesmo espinho

o corte sara, mas a dor que ele proferiu, não

naõ te peço desculpas, te peço compreensão

sem mais

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